"Ateofobia" e falta do que fazer

As minorias dentro de uma ampla coletividade geralmente são motivos de manifestações de ódio e preconceitos. Um exemplo emblemático na história da humanidade refere-se ao caso dos judeus, os quais permanentemente sofreram em conseqüência da peculiaridade de sua cultura. Outros exemplos poderiam ser citados, tais como: os índios (nas cidades), os latinos (nos Estados Unidos), os nordestinos (no Sul), os negros (na Europa, especialmente) etc. Em todos esses casos (e em outros não mencionados) a “fobia”, ou seja, a aversão a tais grupos, mais que patente, é real. Lamentavelmente.

Todavia, o fato em si de uma pessoa pertencer a determinada minoria não lhe confere qualquer respaldo lógico para que se sinta perseguida ou sujeita a teorias conspiratórias. O exemplo dos ateus encaixa-se perfeitamente nessa falsa “fobia”.

O “preconceito” contra os ateus é tão “perigoso” quanto o “preconceito” do corintiano pelo palmeirense, ou do brasileiro pelo argentino etc. Portanto, esta exigência ideológica de grupos neo-ateístas em levantar a bandeira da criminalização da “ateofobia”, além de totalmente infundada, é completamente desnecessária. Em outras palavras: falta do que fazer!

Entre as justificativas para institucionalizar esta tal “ateofobia”, citou-se, por exemplo, esta pesquisa da Fundação Perseu Abramo:

Besteira!
O fato de um religioso ter aversão a um ateu, ou de um ateu ter antipatia a um religioso, isso em si não culminará numa guerra de vida e morte ente ambos os grupos.

Na verdade esta luta besta pela “criminalização da ateofobia” entra no mesmo bojo ideológico dos ateus chiques e perfumados (como diria Enézio de Almeida), tal como o pretendido “Dia do Orgulho Ateu”. Trata-se, portanto, de mais um lobby com a mesma e velha camuflagem do “politicamente correto”.

Haja!

É isso!

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