É isso!
O darwinismo social na pirâmide do poder
É isso!
O enigma das espécies
Bom. Esta dificuldade em se definir espécie é tão velha quanto o interesse do homem por estudar os bichos. Cito, aqui, por exemplo, as opiniões do próprio Charles Darwin e de Thomas Huxley, os quais reconhecem este dilema, embora buscando facilitar as cousas conforme suas crenças gradualistas. Vejamos:
Charles Darwin:
"Antes de aplicar aos seres organizados vivendo no estado selvagem os princípios que expusemos no capítulo precedente, importa examinar rapidamente se estes últimos estão sujeitos a variações. Para tratar este assunto com a atenção que merece, seria necessário apresentar um longo e árido catálogo de fatos; reservo-os, porém, para uma obra próxima. Nem tampouco discutirei aqui as diferentes definições dadas do termo espécie. Nenhuma destas definições tem satisfeito completamente todos os naturalistas, e, contudo, cada um deles sabe vagamente o que quer dizer quando fala de uma espécie. Ordinariamente o termo espécie implica o elemento desconhecido de um ato criador distinto. É igualmente difícil definir o termo variedade; todavia, este termo implica quase sempre uma comunidade de descendência, posto que possam raramente fornecer-se provas. Temos, igualmente, o que se designa sob o nome de monstruosidades; porém estas confundem-se com as variedades. Quando se emprega o termo monstruosidade, quer-se exprimir, penso eu, um desvio considerável de conformação, ordinariamente nocivo ou pelo menos pouco útil à espécie. Alguns autores empregam o termo variação, no sentido técnico, isto é, como fazendo supor uma modificação que deriva diretamente das condições físicas da vida; ora neste sentido as variações não são susceptíveis de ser transmitidas por hereditariedade" (p. 55).
[...]
"Alguns naturalistas sustentam que os animais nunca apresentam variedades; do mesmo modo atribuem um valor específico à menor diferença, e, quando encontram uma mesma forma idêntica em dois países afastados, ou em duas formações geológicas, afirmam que duas espécies distintas estão ocultas sob o mesmo invólucro. O termo espécie torna-se, neste caso, uma simples abstração inútil, implicando e afirmando um ato separado do poder criador. É certo que muitas formas, consideradas como variedades por críticos muito competentes, têm caracteres que as fazem assemelhar tão bem às espécies, que outros críticos, não menos competentes, as consideram como tais. Mas discutir se é necessário chamá-las espécies ou variedades, antes de ter encontrado uma definição destes termos e que esta definição seja geralmente aceite, é trabalhar em vão" (p. 56).
[...]
"Compreender-se-á depois destas notas, que, segundo a minha opinião, se tem, por comodidade, aplicado arbitrariamente o termo espécie a certos indivíduos que se parecem de perto, e que este termo não difere essencialmente do termo variedade dado às formas menos distintas e mais variáveis. É necessário acrescentar, por outro lado, que o termo variedade, comparativamente ao de simples diferenças individuais, é também aplicado arbitrariamente com o fim de ser mais cômodo" (p. 63, 64).
[...]
"Seremos, mais tarde, obrigados a reconhecer que a única distinção a estabelecer entre as espécies e as variedades bem caracterizadas consiste somente em que se sabe ou se supõe que estas últimas estão atualmente ligadas entre si por gradações intermediárias, enquanto que as espécies deviam tê-lo sido outrora. Por conseguinte, sem deixar de tomar em consideração a existência presente de graus intermediários entre duas formas quaisquer, seremos levados a pesar com mais cuidado a extensão real das diferenças que as separam, e atribuir-lhes um maior valor. É muito possível que formas, hoje reconhecidas como simples variedades, sejam mais tarde julgadas dignas de um nome específico; nesse caso, a linguagem científica e a linguagem ordinária encontram-se de acordo. Em breve, teremos de tratar a espécie da mesma maneira como os naturalistas tratam atualmente os gêneros, isto é, como simples combinações artificiais, inventadas para maior comodidade. Esta perspectiva não é talvez consoladora, mas desembaraçar-nos-emos, pelo menos, de pesquisas inúteis às quais dá lugar a explicação absoluta, ainda não encontrada e encontrável, do termo espécie" (p. 550, 551).
Fonte:
Charles Darwin. "A Origem das Espécies". Lello & Irmão Editores. Porto, 2003.
THOMAS H. HUXLEY
"A hipótese da qual a presente obra do sr. Darwin é tão-somente um perfil preliminar pode ser declarada em sua própria linguagem, conforme segue: "As espécies se originaram por meio da seleção natural: ou da preservação das raças favorecidas na luta pela vida".
Para tornar essa tese inteligível, é preciso interpretar os seus termos: em primeiro lugar, o que é uma espécie? A pergunta é simples, mas a resposta correta é difícil de ser encontrada, mesmo que apelássemos para aqueles que sabem mais sobre o assunto. A espécie diz respeito a todos os animais ou plantas que descendem de um único par de pais. É o menor e distintamente definível grupo de organismos vivos; uma entidade eterna e imutável; uma mera abstração do intelecto humano sem nenhuma existência na natureza. Esses são alguns dos significados ligados a essa simples palavra que podem ser obtidos de fontes fidedignas, e nada de útil conseguiremos se deixarmos de lado os termos e as sutilezas teóricas para nos voltarmos aos fatos e procurarmos um sentido para nós mesmos, estudando as coisas as quais, na prática, a palavra "espécie" é aplicada, pois a prática varia tanto quanto a teoria. Peça que dois botânicos ou dois zoólogos examinem e descrevam as produções de um país e, certamente, um discordará do outro quanto ao número, limites e definições das espécies junto as quais eles agrupam as mesmas coisas. Nessas ilhas temos o costume de considerar a humanidade pertencendo a uma espécie. Mas, eventualmente, em um período curtíssimo, podemos nos encontrar em um país no qual teólogos e sábios, pela primeira vez concordando, rivalizam entre si com alto e bom som a afirmação, senão com a convicção de comprovação, de que os homens são de uma espécie diferente e, mais particularmente, que a espécie negra é tão distinta de nossa própria espécie que, na realidade, os Dez Mandamentos não têm nenhuma referência a ela. Até na calma região da etimologia, em que, como se isso existisse em qualquer parte deste mundo pecador, a paixão e o preconceito não deveriam afetar a mente, um especialista em coleópteros preencheria dez volumes atraentes com descrições de espécies suas, das quais nove décimos são imediatamente declaradas por seu colega como sendo absolutamente nenhuma espécie.
A verdade é que o número distinguível de criaturas viventes supera quase a imaginação. No mínimo, unicamente 100 mil desses tipos de insetos foram descritos e podem ser identificados em coleções, e o número de tipos separáveis de coisas existentes é subestimado em meio milhão. Vendo que a maioria desses tipos óbvios possui suas variedades acidentais e que frequentemente se diferenciam das outras por graus imperceptíveis, pode muito bem ser imaginado que a tarefa de distinguir entre o que seja permanente e o que seja variável, o que seja uma espécie ou uma mera variedade, é suficientemente formidável.
Mas não seria possível aplicar um teste por meio do qual uma verdadeira espécie possa ser diferenciada de uma mera variedade? Será que não existe um critério para as espécies? Grandes autoridades afirmam que sim - que as uniões de membros da mesma espécie são sempre férteis, enquanto aquelas de diferentes espécies são estéreis ou suas crias, chamadas híbridas, são inferíeis. Afirma-se que este seja um fato experimental, mas que é uma provisão para a preservação da pureza da espécie. Esse critério seria inestimável, porém, infelizmente, não só não é óbvio como aplicá-lo na grande maioria dos casos em que sua ajuda é solicitada, mas também sua validade em geral é decisivamente negada. O Honorável e Reverendo Senhor Herbert, uma confiável autoridade, não apenas afirma, como resultado de suas próprias observações e experiências, que muitos híbridos são tão férteis quanto suas espécies aparentadas, mas também que a específica planta Crinum capense é muito mais fértil quando cruzada com uma diferente espécie do que quando fertilizada por seu próprio pólen! Por outro lado, o famoso Gaertner, apesar de tomar todos os cuidados no cruzamento de duas espécies de Prímtila (Primrose e Cowslip), somente foi bem-sucedido uma ou duas vezes em vários anos. No entanto, é um fato bem determinado, essas duas espécies são tão somente variedades de um mesmo tipo de planta. Casos como o seguinte são bem estabelecidos: a fêmea da espécie A, se cruzada com o macho da espécie B, é fértil; mas se a fêmea da espécie B é cruzada com o macho da espécie A, ela permanece estéril. Fatos desse tipo destroem o valor do suposto critério" (p. 9, 10).
Fonte:
Thomas Henry Huxley. "Darwiniana: A Origem das Espécies em Debate". Tradução: Fulvio Lubisco. Madras Editora. São Paulo, 2006.
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E disse Darwin...
"No interessante artigo a que fiz agora menção, com acerto Broca observou que nas nações civilizadas a capacidade média do crânio é reduzida pela presença de um considerável número de indivíduos, fracos de intelecto e de corpo, que no estado selvagem teriam sido imediatamente eliminados. Por outro lado, nos selvagens a média abrange somente os indivíduos hábeis, que foram capazes de sobre viver em condições de vida extremamente árduas. Broca explica assim o fato, que de outra forma não teria explicação, de que a capacidade média do crânio do antigo troglodita de Lozère é maior do que aquela do francês moderno" (Em "A Origem do Homem e a Seleção Sexual", p. 70. Hemus Editora).
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Darwin, Wallace e Mivart, segundo Huxley
Fonte:
Thomas Henry Huxley. "Darwiniana: A Origem das Espécies em Debate". Tradução: Fulvio Lubisco. Madras Editora. São Paulo, 2006, p. 75, 76.
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"A velha evolução"
Empédocles de Agrigento (492-430 a.C.), para quem não sabe, acreditava que a vida vegetal sobre a Terra surgira bem muito antes da vida animal. E, acreditem, ele também partilhava do conceito de sobrevivência do "mais apto":
"No início da existência do nosso planeta, as águas teriam sido habitadas por animais semelhantes a grandes peixes, cobertos de escamas; esses animais teriam emigrado para a terra firme, vindo a perder suas escamas, transformando-se, assim, em outros animais e seres humanos".
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Darwinismo: "papo cabeça"
1. Por que razão tem o gorila um cérebro tão grande, se leva uma vida quase inativa nas florestas, onde os alimentos são abundantes e ele não tem inimigos?
2. Por que razão tinham os primeiros representantes do gênero Homo um cérebro bem mais desenvolvido do que o dos macacos atuais, se o modo de vida de ambos, de caçadores-recoletores, era exatamente o mesmo?
3. E por que razão tem o elefante, de quem se não conhecem inimigos, um cérebro tão grande e instintos tão desenvolvidos?
4. Por que razão tem o golfinho, que vive uma vida idêntica à da foca, um cérebro tão grande e instintos tão espantosos?
5. Por que razão se encontram os macacos, os gorilas, os orangotangos, e mesmo os chimpanzés, e sobretudo o macaco africano (Pan paniscus) em vias de extinção?
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Referência bibliográfica:
Rémy Chauvin. "O Darwinismo ou o Fim de um Mito". Instituto Piaget. Lisboa, 1997.
A essência do naturalismo filosófico
"As Farpas" (1890/91) - Crônica mensal da política, das letras e dos costumes, por Eça de Queirós e Ramalho Ortigão.
"O erro da velha denominação de Direito Natural procedia de que os filósofos desconheciam a natureza, e em sua boa fé a consideravam reta e justa. Mas Darwin veio. Desde então ficou demonstrado que, pelos processos porque ela opera na formação dos agregados humanos, a natureza é imoral e é iníqua.
A lei do universo baseia-se sobre o concurso d'estes dois grandes agentes: a luta pela vida e a seleção natural. A luta pela vida é o estado permanente de todos os seres, para os quais a criação é uma eterna batalha. A sorte do conflito decide-a a seleção natural. Como? Fixando na espécie, pela adaptação ao meio, os seres mais fortes, e expulsando os seres inferiores. Por isso o professor Haeckel afirma: “A teoria de Darwin estabelece que nas sociedades humanas, como nas sociedades animais, nem os direitos nem os deveres nem os bens nem os gozos dos membros associados podem ser iguais”.
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Eça de Queiroz fora contemporâneo do naturalista inglês Charles Darwin, por quem fora influenciado na composição de algumas das suas obras.
Darwin para os darwinistas
1º) Se as espécies derivam de outras espécies por graus insensíveis porque não encontramos inumeráveis formas de transição? Porque não está tudo na natureza no estado de confusão? Porque são as espécies tão bem definidas?
2º) É possível que um animal tendo, por exemplo, a conformação e os hábitos do morcego, possa formar-se em seguida a modificações sofridas por outro animal tendo hábitos e conformação inteiramente diferentes? Podemos nós acreditar que a seleção natural consiga produzir, de uma parte, órgãos insignificantes tais como a cauda da girafa, que serve de apanha-moscas e, por outra parte, um órgão tão importante como o olho?
3º) Os instintos podem adquirir-se e modificar-se pela ação da seleção natural? Como explicar o instinto que possui a abelha para construir as células e que lhe faz exceder assim as descobertas dos maiores matemáticos?
4º) Como explicar que as espécies cruzadas umas com outras ficam estéreis ou produzem descendentes estéreis, enquanto que as variedades cruzadas umas com outras ficam fecundas?
Fonte:
Charles Darwin. "A Origem das Espécies". Tradução de Joaquim da Mesquita Paul. Lello & Editores, 2003, p. 184.
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Eu li isso...
Por:
Fernando Vallejo (romancista) e autor de “La Tautología Darwinista” (tradução pessoal do espanhol).
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A terceira alternativa, segundo Rémy Chauvin
Fonte:
Rémy Chauvin. "O Darwinismo ou Fim de um Mito". Instituto Piaget. Lisboa, 1997.
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O darwinismo no zoológico
Desta forma não foi nenhuma surpresa lê na descrição do animal (vide indicação na foto acima) o velho e famigerado jargão darwinista de semelhança genética com o homem (na placa do zoo consta 98,5%, e no site deram mais de 99%):
Sorte minha que por muito pouco não fui posto também na jaula!
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O que colocar no lugar do darwinismo?
- Voce rejeita o darwinismo mas não tem nada para colocar no seu lugar? Mas, como contesta Rémy Chauvin ("O Darwinismo ou o Fim de um Mito"): "A questão não é essa. Como disse um crítico engenhoso, esta objeção significa meter na prisão um homem provido de um excelente álibi com o pretexto que, antes de libertá-lo, é necessário encontrar o verdadeiro culpado! A resposta é que temos de cumprir o nosso papel, isto é, de procurar outra coisa..." (p. 12).
Darwin e "o pé no saco"
A Seleção Natural é como um "abre-te Sésamo" de aplicação geral. Até mesmo aquele terrível "pé no saco", ou melhor, nas "partes baixas", pode ser elucidado por Darwin. Bom, pelo menos é o que diz esta matéria da revista Galileu:
"A dor intensa, tanto para homens como mulheres, não existe por acaso. É fruto da seleção natural. Homens que sentem mais dor nos testículos têm mais chance de deixar descendentes, já que protegem mais a área, responsável justamente pela reprodução. E, nas mulheres, ocorre o mesmo, já que a dor faz com que elas protejam os seios contra lesões, o que é essencial para amamentar os filhos!"
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Doado ou vendido?
Embora seja notória a crítica de Dawkins a esta hipócrita fundação, o fato é que, levando em conta a ojeriza deste zoólogo à Teoria do Desenho Inteligente, quem sabe, pelo menos desta vez, ele também tenha se rendido, uma vez que o ganhador do poderoso Prêmio Templeton 2010, o darwinista Fraincisco J. Ayala, seja igualmente um ferrenho inimigo do Design Inteligente. Neste blog espanhol, por exemplo, os ateus religiosos estão comemorando a premiação exatamente por acreditarem que tal evento será uma derrota ao defensores da Teoria do Desenho Inteligente.
Lembrando que a Fundação Templeton, tal qual Dawkins e Ayala, também luta contra a proposta do Desenho Inteligente, de Mchael Behe, William Dembski, Stephen C. Meyer, entre outros homens da ciência:
E assim a ideologia darwinista ganha fôlego para com alguns grupos religiosos, que aos poucos vai se vendendo a troco do "politicamente correto".
A importância do darwinismo para a humanidade
O que seria da Natureza e dos animais sem a embriologia, a homologia, a deriva gênica e outros mecanismos darwinianos ad infinitum? Haveria menos degradação ao meio ambiente e maiores cuidados para com a preservação das espécies?
Não!
O darwinismo provavelmente deu seu estímulo à Biologia, todavia, o mundo só teria ganhado sem ele. Sem o darwinismo certamente não haveria a eugenia de Galton, Spencer, Huxley, Darwin, Paul Broca, Lombroso, entre tantos outros destacados evolucionistas, que influenciaram as sociedades com suas idéias. A calamidade social advinda dos ideais racistas oriundos do conceito de evolução como progresso foram de uma monstruosidade tão grande que deveria causar repulsa a qualquer pessoa com o mínimo senso de humanidade.
Por tudo isso, não preciso dessa ideologia pra viver!
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"Darwinismo, ciência e poder"
“Os conhecimentos científicos acumulados nos últimos anos revelam-nos fenômenos naturais de enorme complexidade. Uma “rede de vida”, na qual todos, até o último de seus componentes, incluindo os vírus e as bactérias, são imprescindíveis para um bom equilíbrio no seu funcionamento. Uma Natureza com um significado radicalmente oposto à concepção reducionista, individualista e competitiva da vida e de seus fenômenos associados em nossos dias: o darwinismo” - Máximo Sandín.
Com o tema “Darwinismo, ciência e poder”, acontece hoje (26/03/2010), em Barcelona (Espanha) uma conferência com o respeitado biólogo Máximo Sandín, da Universidade Autônoma de Madrid, a respeito de seu livro “Pensando la evolución, pensando la vida”. Sandín, para quem não sabe, é um dos cientistas que tecem duras críticas à teoria de Darwin, sobretudo suas implicações sociais e econômicas. Numa entrevista publicada em “Crimentales”, quando perguntado se havia algo no darwinismo que pudesse ser resgatado, isto é, algo que tivesse algum mérito científico, respondeu Sandín (nesta ligeiramente tosca tradução pessoal):
“Sim. Uma lição para a história. Uma lição a respeito das nefastas conseqüências dos preconceitos culturais e sociais da classe dominante contra a natureza. Temos falado das conseqüências tão negativas. Do obstáculo ao conhecimento. Contudo, penso que as mais nefastas tem sido, sem nenhuma dúvida, as conseqüências sociais e ambientais (o pior está por vir). Não vejo nada de novo no sofrimento de pessoas inocentes, na enorme quantidade de brutalidades que se tem cometido em nome da eugenia, da seleção dos “genes bons” e na eliminação dos “genes maus”, com apoio de cientistas darwinistas. No norte da América, na Alemanha (quem ler “Mein Kampf” verá em quem se apoiava “cientificamente”), nos países nórdicos... O que fizeram, com base na “categoria evolutiva inferior”, conforme conceitos expostos por Darwin em “A Origem do Homem”, nos países “colonizados”, (segundo eles), especialmente na África e Austrália. É o mesmo que faz algumas companhias de seguros nos países “avançados” ao buscar os “genes maus” em possíveis assegurados, ou em atribuir um componente genético ao comportamento de pessoas marginalizadas ou de grupos éticos menosprezados...”
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"Macumba darwinista" ((rs))
Metaforicamente o darwinismo é como uma macumba. Tome se uma “sopa”, acrescente bactérias, mariposas e bicos de tentilhões e pronto: está feito o “despacho”. Depois é só submeter a “oferenda” aos “orixás” da nomenclatura científica e aguardar que o “pai Darwin” encaminhe tais “virtudes mágicas” ao fim proposto: o encantamento da “massa acadêmica”.
Bom, quanto aos efeitos, "funcionar até funciona", mas, como se diz por aí: “se macumba fosse boa se chamaria boacumba”. ((rs))
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"A fada protetora das mariposas de Manchester"
Fonte:
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Darwinismo: um desvio na direção da seita
Mito e debate ? Como assim?
Bem. Para os “zeladores de Darwin” não há mitos, e os debates devem existir apenas internamente. O que “vem de fora”, isto é, as críticas aos dogmas estabelecidos “só podem ser cousa de fundamentalistas religiosos” e, portanto, não podem ser levadas muito a sério. Desta forma, fechando-se para o debate, negando dogmaticamente suas jibóicas crises e logrando para si o status da "teoria do tudo", o darwinismo, nas próprias palavras de Chauvin, realiza “Um desvio na direcção da seita”:
“Evoquei atrás o espanto que tomou conta de mim quando testemunhei, pela primeira vez na minha vida, o desvio darwinista para a violência nas conversas, e mesmo para a injúria. Teremos de admitir que esta tendência vai generalizar-se, pelo menos em certos meios? Penso que sim, e poderá constatá-lo quem ler Dawkins ou Dennett (já Monod manifestava esta tendência); aliás, foi por isso que lhes conferi um tão grande destaque, para que os leitores se não habituem a considerar o darwinismo como uma teoria igual às outras. Ele é muito mais do que isso...
Falava Dennett das «perigosas ideias de Darwin», que comparava com um ácido que corrói subtilmente todas as velhas fórmulas e todas as velhas crenças. Com efeito, foi nisso que o darwinismo se transformou (Darwin não ignorava que isso aconteceria) e Dennett alegra-se com esse facto, porque o seu ideal é o materialismo integral.
[...]
E, com efeito, eis a situação que «profetas» indiscretos como Monod, Dawkins e Dennett não consideraram seriamente: uma grande parte dos nossos concidadãos (e a quase totalidade daqueles que não têm cultura científica, isto é, a maioria, em consequência do fracasso do nosso sistema de ensino) tem medo, e por vezes horror à ciência; sobretudo por causa da bomba atómica e da poluição, mas o seu medo vai muito para além destes temores, afinal justificados: porque os perigos do átomo e da poluição resultam da ciência e do produtivismo industrial, que dela decorre directamente. Qualquer campanha anticientífica tem um eco imediato, que me assusta.
Na verdade, as pessoas não gostam de nós; alguns cientistas disseram realmente demasiadas tolices, que não procediam da ciência, mas apenas das suas preferências filosóficas pessoais. Se de facto a ciência dá do mundo uma imagem insuportável, se priva a vida do seu sentido (e é claramente essa a conclusão do livro de Monod, sem esquecer o eco que dele fazem Dawkins e Dennett), suprimamos a ciência! É muito fácil, basta reduzir os financiamentos aos laboratórios.
Será isso impossível e inoperante? Realmente? Suponhamos que o governo, acossado por preocupações financeiras, decide reduzir o orçamento da investigação (que é o que está já a fazer). Pensa o leitor que a população se preocuparia com isso? Acha que uma manifestação de investigadores que exigissem financiamento provocaria grande emoção? Mas então, para sossegar as pessoas, deveremos regressar ao bom velho criacionismo?
Naturalmente que isso seria completamente absurdo, tanto mais que o criacionismo não explica coisa alguma, o mesmo acontecendo com o darwinismo, como veremos adiante. Pretender que o Deus criador auxiliou pessoalmente o Ichtyostega a sair do oceano no devoniano não nos ajuda a compreender o que se passou; ora, é isso que a ciência deseja antes de mais: compreender o mecanismo interno e fisiológico que suscitou esse fenómeno.
Na realidade, os criacionistas actuais procedem com base numa teologia absolutamente ingénua, à qual a religião há muito renunciou. Na teologia moderna, a matéria depende do Deus criador, mas Deus não depende da matéria. O próprio acto criador está rodeado de um mistério profundo e, se Deus viesse explicar-no-lo, seria trabalho perdido, porque não o compreenderíamos! Deus esteve na origem dos mecanismos sublimes que nós procuramos desvendar; e o pouco que deles compreendemos faz-nos mergulhar na admiração... Mas a sua origem continua rodeada de bruma, e eu quase diria, parafraseando Pascal, que «o mistério eterno destes mecanismos infinitos assusta-me».
O que é preciso fazer é estudar, procurar compreender. E abandonar o orgulho. Ainda sabemos muito poucas coisas; não sabemos o suficiente para vaticinarmos e pretendermos, como os darwinistas, que já compreendemos tudo, ou que possuímos a teoria definitiva, que é a mesma coisa” (p. 14, 15).
Fonte:
Rémy Chauvin. O Darwinismo ou o Fim de um Mito”. Instituto Piaget. Lisboa, 1997.
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