“Papagaio come milho, periquito leva a fama!”, diz o ditado popular.
Por que, afinal, Alfred Russell Wallace ficou historicamente renegado ao segundo plano quanto à criação do famigerado conceito de "seleção natural"?
Por quais motivos, afinal, Charles Darwin passou para a história como sendo o grande e original elaborador desta idéia?
Bem. Para quem acredita que “a propaganda é alma do negócio”, vá lá, não é tão complicado compreender as razões desta incoerência; e, para aqueles que, na onda do “Maria–vai-com-as-outras”, acreditam em tudo que convém à sua crença dogmática, vá lá, também não é tão difícil entender esta contradição; mas, para quem acredita que “há algo podre no reino da Dinamarca”, bom, neste caso é melhor examinar os fatos...
Inicialmente, é bom que se diga que Wallace, ao contrário de Darwin, rejeitou a idéia de que a mente humana pudesse ter sido derivada de primatas. Para ele apenas a espiritualidade poderia explicar tal fenômeno.
Espiritualidade?
Opa! Então isto comprometeria à ideologia materialista emergente?
Hum... Uma boa suspeita!
Em 1855, Wallace publicou um ensaio concernente à distribuição geográfica das espécies que remetia fortemente ao conceito de evolução. Darwin, temendo que sua “originalidade” fosse superada, apressou rapidamente a publicação de seu “A Origem das Espécies”, em 1858. E, com o amplo apoio de Lyell, Hooker e ideólogos positivistas e naturalistas “deixou à vida para entrar na história”.
É isso!
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